quarta-feira, 30 de março de 2011

Como agir diante da humilhação

Há determinados fatos existentes que nos afastam da satisfação pessoal, entristecemos e ora ficamos a pensar no objetivo de tal acontecimento. O interessante é que nos autoquestionamos, revemos os fatos da nossa história e dentre tudo o que passou refletimos no porquê de está vivendo o que de fato tem sido humilhante. Claro! Na exatidão do acontecimento estamos como que cegos para qualquer coisa boa que isto possa gerar e depois de dias de murmuração enfrentamos o problema e vemos que proveito tirar de mais esta etapa da nossa história.
Tenho vivido exatamente uma situação assim, no meu trabalho as coisas não andam bem, tenho uma divergência pessoal com meu chefe e ele comigo, então está parecendo àquelas situações de criança, um tenta provar pro outro que é melhor, que seus valores são os corretos, enfim, nenhum problema profissional, apenas incompatibilidade de gênios. Neste instante, provavelmente você está se pergunta onde há uma situação de humilhação, não é? Então, como ele é no caso o empregador tem alguns privilégios em relação à submissão que devo a ele como funcionária. Tirei férias em Janeiro, voltei dez dias antes conforme combinado, e já estava esperançosa e sabia que ia ser demitida. Quando voltei “batata”, tinha uma pessoa para eu ensinar o serviço, com muita boa vontade, ensinava a pessoa que não aderiu ao serviço e desistiu da vaga. Fiquei muito triste. Assim, não me demitiu. Fiquei super chateada, veio mais uma pessoa que também não quis ficar na vaga. Hoje tem uma pessoa em meu lugar, já sabe o serviço, mas ele me submete hoje a uma situação humilhante; não tenho lugar para trabalhar, não tenho mesa, e devido à implicância dele comigo não vai me demitir. Fico de pé o dia todo sem nada para fazer em meio a um escritório onde todos exercem uma função. O pior é que não consigo um novo emprego, não me incomodaria em pedir demissão. É ou não é humilhante?

A princípio fiquei muito nervosa, mas percebi que qualquer pessoa agiria assim, sou cristã católica, consagrada em vida a Deus, sigo os passos de Cristo, Ele em todos os momentos louvava a Deus e vivia intensamente os fatos, pois sabia que sendo o filho de Deus, o Senhor não deixaria que nada ocorresse em vão em sua trajetória. O CIC (Catecismo da Igreja Católica) nos diz que no batismo deixamos de ser criaturas de Deus para nos tornarmos filhos, e assim assumimos diante do Pai as mesmas condições de Cristo. Deus nos faz um chamado por meio deste sacramento: “Antes que fosse formado no ventre de tua mãe, Eu já te conhecia. Antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações” (Jer. 1,5), Ele tem um chamado individual a cada um de seus filhos. Tenho descoberto este chamado, sou batizada, sou filha de Deus, sigo na busca incansável da minha vocação, do chamado do Senhor para minha vida. Ele é fiel as suas promessas. Creio que nada é em vão na minha jornada.
É assim que devemos agir ás humilhações, o próprio Cristo foi humilhado, porque não seríamos? O importante é a concretização dos dons do Espírito Santo: fortaleza, inteligência, sabedoria, que Deus nos deu no batismo e na confirmação para que soubéssemos agir diante de qualquer acontecimento.
Não se desespere! “Mesmo que eu ande pelo vale da sombra da morte, nada temo, pois o Senhor está comigo”. “Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido” (Sal. 91, 7). Ao contrário, sê “Enraizados e fundados em Cristo, firmes na fé” (Col. 2,7).
Somos peregrinos na jornada rumo ao céu, Sê “Alegre na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração” (Rom. 12,12).

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do seu documentário. Muito bom! Estou vivendo uma situação meio parecida.

Acreditar sempre na palavra do Senhor, nos fortalece e derrota os que nos chamamos de fracos.

Anônimo disse...

Sempre fui humilhada a vida inteira tenho 35 anos e espero pela misericordia de Deus.